Fraturas não são inevitáveis. Entenda sinais, exames, vitamina D, cálcio, exercícios e ajustes em casa para proteger seus ossos.
Por que falo tanto sobre osteoporose?
A fratura por fragilidade (ex.: punho, vértebra, quadril) muda a vida: dor crônica, perda de mobilidade e risco de novas quedas. A boa notícia: diagnóstico precoce + treino + tratamento reduzem muito esse risco.
Sinais de alerta que pedem consulta
- Diminuição da altura, “corcunda” ou dor nas costas sem trauma claro.
- Fratura após queda da própria altura.
- Uso prolongado de corticoide.
- Menopausa precoce; baixo peso; sedentarismo.
- Pais com fratura de quadril.
Como abordo no consultório (plano prático)
- Avaliação de risco (história de fraturas, medicamentos, ingestão de cálcio, queda recente).
- Exames quando indicados: densitometria, vitamina D, cálcio/fósforo, função renal/tiroide.
- Plano de movimento:
- Força (2–3×/sem) para MMII e tronco.
- Impacto progressivo e seguro (caminhada rápida, subir degraus conforme aptidão).
- Equilíbrio diário para prevenir quedas.
- Nutrição: proteína adequada (≈1,0–1,2 g/kg/dia salvo restrições), cálcio na dieta, vitamina D conforme avaliação.
- Tratamento farmacológico quando indicado (antirreabsortivos/análogos) e adesão ao regime.
- Casa segura (barras, iluminação, tapetes fixos) para evitar a primeira — e a próxima — queda.
Checklist prático
- Sol matinal diário (seguro para pele) + alimentação rica em cálcio (leite/iogurte/queijos, folhas verdes, sardinha) quando possível.
- Exercícios de força e equilíbrio entram no calendário como compromisso.
- Sapatos fechados e antiderrapantes.
- Não fume; modere álcool.
- Reavalie anualmente risco e tratamento.
Perguntas frequentes
Vitamina D sozinha resolve?
Não. É pilar importante, mas precisa caminhar com força muscular, cálcio da dieta e, quando necessário, medicamento específico.
Exercício “gasta” articulação?
Treino bem orientado fortalece ossos e protege as articulações.
Tomei remédio para os ossos por 5 anos. Paro?
A decisão é individual: reavaliamos densitometria, risco de fratura e escolhemos pausa, troca ou manutenção.
Conclusão
Proteger os ossos é proteger a autonomia. Com avaliação certa, treino regular e, se indicado, tratamento específico, o risco de fraturas cai de forma significativa.